A Medicina de Família como afirma o Dr. Ian McWhinney tem suas origens no ramo mais antigo da medicina, medicina geral. No século XVIII, na América, foi dado o nome de "clínica geral" e, no século XIX na Inglaterra, foi chamado de "clínica geral". No amanhecer do século XX foi publicado pela primeira vez este nome na revista Lancet. No entanto, nesta época foi também elaborado e publicado o relatório Flexner, que levaria ao aparecimento das especialidades e subespecialidades médicas e cirúrgicas que dominam a cena até os dias de hoje.
Na metade do século XX, a proporção e a distribuição de médicos especialistas focais em um modelo curativo que não dava resposta às necessidades da população tornou evidente a crise nos sistemas de saúde. A histórica Conferência sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada no Kazaquistão, ex-URSS, em setembro de 1978, liderada pelo Organização Mundial de Saúde OMS, com delegações de 134 países, consagrou a Atenção Primária à Saúde (APS) como a estratégia para que os países alcançassem a meta de Saúde para Todos no ano 2000. Entretanto, chegado este ano, o que se evidenciou em muitos países, foi falta de compromisso na implementação e no encaminhamento da APS, com diferentes resultados em relação ao alcance das metas e se chegou a pensar no fracasso da Estratégia.
Na metade do século XX, a proporção e a distribuição de médicos especialistas focais em um modelo curativo que não dava resposta às necessidades da população tornou evidente a crise nos sistemas de saúde. A histórica Conferência sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada no Kazaquistão, ex-URSS, em setembro de 1978, liderada pelo Organização Mundial de Saúde OMS, com delegações de 134 países, consagrou a Atenção Primária à Saúde (APS) como a estratégia para que os países alcançassem a meta de Saúde para Todos no ano 2000. Entretanto, chegado este ano, o que se evidenciou em muitos países, foi falta de compromisso na implementação e no encaminhamento da APS, com diferentes resultados em relação ao alcance das metas e se chegou a pensar no fracasso da Estratégia.
No ano de 2003 e para comemorar os 25 anos desde a publicação da Declaração de Alma Ata, os países se reúnem novamente e promulgam Atenção Primária à Saúde renovada APSr. Rapidamente, os países mais desenvolvidos, iniciam um processo de reorientação dos serviços de saúde, tendo em conta o reforço da APSr e a necessidade de investir na formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade com vista não somente alcançar uma cobertura universal, mas também para incrementar a capacidade resolutiva dos cuidados primários.
Desde então, vários estudos demonstraram a eficácia de médicos de família em um sistema APS forte, com disponibilidade de formação e qualificação de recursos humanos, que inclui a equipe de saúde da família e permite a satisfação da pessoa uma vez que promove uma atenção à saúde que é custo-efetiva.
A Medicina de Família centrada no paradigma da complexidade e integralidade biopsicossocial, concebe a saúde e a doença como processos de vida de relação, no qual a prevenção, o diagnóstico, a terapêutica e a reabilitação estão centrados na pessoa e no seu entorno.
Apesar de tantas fortalezas, é preciso reconhecer que a Medicina Familiar e Comunitária e a APS sofrem resistência, especialmente nos países economicamente menos desenvolvidos. Grande parte dessa resistência é provocada por preconceitos equivocados e falta de conhecimento sobre a especialidade. Alguns consideram que é uma especialidade menor, desconhecendo suas competências abrangentes, sua alta efetividade. Algumas resistências se relacionam à ética porque a atuação do médico de família entra em conflito com interesses diversos.
É, portanto, essencial e estratégico que os médicos de família e comunidade ao redor do mundo, sejamos conscientes do nosso valor e potencial. Ao mesmo tempo, é essencial que nos façamos ouvir e respeitem nossos direitos. Por outro lado, devemos, progressivamente, melhorar nossos conhecimentos, nossas práticas e fortalecer os espaços coletivos. Nossa especialidade tem muito a contribuir para a melhoria da saúde dos indivíduos, famílias e comunidades. E isto se efetivará mantendo uma atitude ética e colaborativa.
A Saúde como um direito de cada cidadão, de cada família e de cada comunidade do mundo, exige a participação e o empenho dos médicos de família para que este direito se transforme em dever dos sistemas de saúde em cada dos nossos países.
Parabéns a todos os Médicos de Família da América Latina, Península Ibérica e de todas as regiões da WONCA neste
19 de maio,
Dia Mundial do Médico de Família
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